Após o sucesso da última Copa do Mundo de futebol feminino, ocorrida em 2023, na Austrália e Nova Zelândia, a animação para começar os preparativos para a próxima Copa estava alta, porém faltava o mais importante: quem teria a honra de sediar a 10ª edição dessa competição?
No 74º Congresso da FIFA, as duas candidaturas tiveram um espaço para apresentar a proposta submetida para a Copa do Mundo de 2027 e, após a votação com os representantes que ali estavam, o Brasil foi escolhido com 119 votos, enquanto a candidatura europeia recebeu 78 votos, para sediar esse evento tão importante.

A competição será disputada pela primeira vez na América do Sul e tem tudo para ser a maior edição de todas, visto que a modalidade está cada vez mais forte e os torcedores no geral estão percebemos que o Brasil não é apenas o país do futebol masculino, mas do feminino também.
Apesar de saber desse avanço no futebol feminino, ainda é importante ressaltar que há um longo caminho pela frente para que possamos fortalecer ainda mais a modalidade. Enquanto aguardamos ansiosamente por 2027, podemos realizar algumas ações para mostrar apoio à decisão da sede da próxima Copa.
O futebol é atravessado por muitas questões sociais, como, por exemplo, a questão de gênero. As mulheres foram proibidas de praticar esportes durante 40 anos (o fim desse veto apenas ocorreu em 1983!). Por mais que saibamos que as torcidas dos clubes nacionais estão abraçando, cada vez mais, o time feminino também, podemos observar que ainda falta o incentivo para lotar estádios e valorizar as competições nacionais de futebol feminino.
O Corinthians em 2022, por exemplo, começou o movimento “Invasão por Elas” para convocar a torcida para comparecer ao estádio e bater o recorde de público no futebol feminino. A torcida abraçou a ideia e foram 41 mil pessoas para assistir ao jogo na Neo Química Arena. O recorde foi superado por outro time sul-americano em 2023 e, uma semana depois, o movimento voltou com o mesmo objetivo – dessa vez, a torcida corintiana contou com 42.566 pessoas na final do Campeonato Brasileiro, conquistando novamente a coroa de maior público de futebol feminino na América do Sul.

Esse recorde é um exemplo da potência que o Brasil tem para apoiar esse Mundial da melhor maneira possível. Nas redes sociais, diversas jogadoras da Seleção Brasileira comemoram a decisão da sede.
“Não existia futebol feminino na TV e, por isso, eu nem sabia que essa era uma opção. A seleção feminina de futebol hoje é muito mais que o sonho individual de cada jogadora, é uma conquista coletiva de meninas e mulheres. Realizar o mundial aqui no nosso país, nos nossos estádios e com a nossa torcida é, acima de tudo, alimentar sonhos e encorajá-los”
escreveu Rafaelle Souza, jogadora e atual capitã da Seleção.
Não será a primeira vez que o Brasil é anfitrião de uma competição tão importante – em 2014, foi sede da Copa do Mundo Masculina e, em 2016, sediou os Jogos Olímpicos -, então ele está preparado para mais uma aventura. Apesar do pesadelo do 7×1 assombrar os brasileiros até hoje, temos em mãos a chance de reverter essa história e, em casa, conquistar a tão sonhada primeira estrela!